eu nunca tive um namorado e de certa forma me orgulho de nunca ter me adequado a padrões que não me encaixo talvez isso devesse ter rimado mas ultimamente não tenho me importado em fazer as coisas direito como se houvesse certo e errado e tenho me equivocado até me questiono sobre o caminho que tenho levado e me mantenho de pé

Não sou do tipo de pessoa que faz textos reclamando, mas senti a necessidade depois de passar por uma situação que vem me correndo faz dias. …

Parecia que o calor nunca mais chegaria, nessa terra que insistia em permanecer fria. Talvez eu não saiba me expressar como gostaria…

Outro título ótimo que eu nunca elaborei um texto para contar meu ponto da história, o que quero defender afinal? Acredito que nos últimos anos vimos tantas coisas horríveis acontecer no mundo que nada nos choca mais, é tudo natural, alguém morreu em circunstâncias terríveis? Tudo bem, acontece todos os dias, já podemos seguir em frente depois disso.

… … … … … … … … A culpa é um sentimento infernal em tantos níveis, e este título que nunca teve um texto desenvolvido só me fez perceber isso, e o quanto eu me sentia culpada entre 2020–2021 pelo privilégio de poder estar em quarentena enquanto milhões de pessoas precisavam sair porque tinham profissões essenciais, e eu fiquei meses sem sair do portão pra fora.

Nos últimos dois anos, ando tendo muitas entrevistas de emprego, na maioria das vezes não recebo um feedback, e quando recebo é uma negativa, e algo que percebi nestas experiências nada agradáveis é a terrível pergunta “onde você se vê daqui cinco anos?”, e é algo até estarrecedor, depois de uma pandemia que assolou o mundo e que tirou a vida de tantas pessoas, que tinham planos, sonhos, e nessas horas fico refletindo se não é um pouco insensível perguntar isso para alguém, sem ao menos saber o que essa pessoa passou nos últimos dois anos.

é tão bom perceber que se eu deixar de frequentar certos espaços está tudo bem, ninguém vai sentir minha falta, a vida continua, às vezes é tão bom perceber a insignificância da nossa existência como seres humanos, sentir que somos findáveis é o melhor remédio para momentos em que o mundo parece ser tão cruel.